Difenadex 25Mg 10 Capsulas
Este medicamento é um analgésico pertencente ao grupo de medicamentos denominados anti-inflamatórios não esteróides (AINEs). Difenadex é utilizado em adultos para o tratamento sintomático de curto prazo da dor aguda de intensidade ligeira a moderada, como dor nos músculos ou articulações (como dor nas costas, entorses e trauma agudo), dor menstrual, dor dentária.
Este medicamento é um analgésico pertencente ao grupo de medicamentos denominados anti-inflamatórios não esteróides (AINEs). Difenadex é utilizado em adultos para o tratamento sintomático de curto prazo da dor aguda de intensidade ligeira a moderada, como dor nos músculos ou articulações (como dor nas costas, entorses e trauma agudo), dor menstrual, dor dentária.
Difenadex 25 mg 10 cápsulas
AÇÃO E MECANISMO
[ANALGÉSICO], [ANTI-INFLAMATÓRIO], [ANTIPIRÉTICO], [INIBIDORES DA SÍNTESE DE PROSTAGLANDINA (CICLOOXIGENASE)]. Dexcetoprofeno trometamol é o sal de trometamina do ácido S-(+)-2-(3-benzoilfenil)propiônico, pertencente à família dos anti-inflamatórios não esteróides derivados do ácido propiônico. O mecanismo de ação dos anti-inflamatórios não esteroidais está relacionado à diminuição da síntese de prostaglandinas por meio da inibição não seletiva da ciclooxigenase. Além disso, a inibição da síntese de prostaglandinas poderia ter efeito sobre outros mediadores inflamatórios como as cininas, exercendo uma ação indireta que se somaria à sua ação direta.
FARMACOCINÉTICA
- Absorção: é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal após administração oral, obtendo a concentração plasmática máxima em 0,5-0,75 h (Tmax). A absorção oral é boa. Após a administração im em humanos, a Cmax é atingida em 20 min (intervalo de 10-45 min). Para doses únicas de 25 e 50 mg, a área sob a curva demonstrou ser proporcional à dose após administração im e iv.
- Distribuição: À semelhança de outros fármacos com elevada ligação às proteínas plasmáticas (99%), o volume de distribuição tem um valor médio inferior a 0,25 l/Kg, distribuindo-se no organismo de forma seletiva. O valor da meia-vida de distribuição foi de aproximadamente 0,35 h.
- Metabolismo: glucuronoconjugação.
- Eliminação: é excretado por via renal (80%) na forma de metabolitos conjugados com ácido glucurónico. Após a administração de dexcetoprofeno trometamol, apenas o enantiômero S(+) é obtido na urina, demonstrando que não há conversão para o enantiômero R-(-) em humanos. A meia-vida de eliminação é de 1-2,7 horas.
Farmacocinética em situações especiais:
- Idosos: em idosos saudáveis (65 anos ou mais), a exposição foi significativamente maior do que em voluntários jovens após doses orais únicas e repetidas (até 55%), enquanto não houve diferenças significativas em Cmax ou tmax. A meia-vida de eliminação foi prolongada após dose única e repetida (até 48%) e a depuração total aparente foi reduzida.
INDICAÇÕES
- Dor de intensidade leve ou moderada, como [DOR OSTEOMUSCULAR], [DISMENORREIA], [ODONTALGIA].
Formas parenterais: tratamento sintomático de moderada a grave [DOR AGUDA], quando a administração oral é inapropriada, como dor pós-operatória, cólica renal moderada a grave e lombalgia.
POSOLOGIA
Oralmente:
- Adultos: 12,5 mg/4-6 h ou 25 mg/8 h, sem exceder 75 mg/dia.
- Idosos: é aconselhável iniciar com 50 mg diários, podendo aumentar para a dosagem para adultos uma vez verificada a boa tolerabilidade.
DOSAGEM NA INSUFICIÊNCIA RENAL
"ORAL"
- CrCl 50–80 ml/min: a dose inicial não deve ultrapassar 50 mg/dia.
- ClCr <50 ml/min: Uso não recomendado.
DOSAGEM NA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA
"ORAL"
- Leve a moderado: a dose inicial não deve exceder 50 mg/dia, com monitoramento cuidadoso.
- Grave (escore de Child-Pugh 10-15): Seu uso não é recomendado.
REGRAS PARA ADMINISTRAÇÃO CORRETA
Administrar junto com as refeições para aliviar possível irritação gástrica, porém em caso de dor aguda pode ser administrado 30 min antes das refeições. Tratamentos de longo prazo não são recomendados.
- Envelopes (pó para solução oral): Dissolva todo o conteúdo de um envelope em um copo de água; agite para ajudar a dissolver. A solução obtida deve ser tomada imediatamente após a sua reconstituição.
- Envelopes (solução oral): pressione o envelope várias vezes antes de abrir. A solução oral pode ser tomada diretamente ou diluída em um copo de água, tomada imediatamente. Uma vez aberto o envelope, todo o seu conteúdo deve ser consumido.
CONTRAINDICAÇÕES
- Hipersensibilidade conhecida ao dexcetoprofeno ou [ALLERGY TO NSAIDs].
- Doentes com história de hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico ou a outros AINEs, que incluem doentes que tiveram crises de asma, rinite aguda, urticária ou edema angioneurótico após a utilização de ácido acetilsalicílico ou outros AINEs.
- [SANGRAMENTO DIGESTIVO], [SANGRAMENTO DO ESÔFAGO], [ÚLCERA PÉPTICA] ativa, [SANGRAMENTO CEREBRAL].
- Insuficiência renal: pacientes com insuficiência renal moderada a grave (ClCr < 50 ml/min).
- Insuficiência hepática: doentes com disfunção hepática grave (escore de Child-Pugh 10 - 15).
- Durante o terceiro trimestre de gravidez ou lactação.
PRECAUÇÕES
- [INSUFICIÊNCIA RENAL]. É excretado na urina, pelo que em caso de insuficiência renal pode ocorrer acumulação. Além disso, poderia levar à diminuição do fluxo sanguíneo renal com insuficiência renal aguda reversível devido à inibição da síntese de prostaglandinas vasodilatadoras, sendo inclusive descritos casos de síndrome nefrótica e nefrite intersticial aguda com tratamentos prolongados. Os pacientes com maior risco de insuficiência renal são aqueles com insuficiência renal prévia, idosos ou situações que possam reduzir o fluxo renal, como [HIPOVOLEMIA], [DESIDRATAÇÃO], dietas com baixo teor de sódio, insuficiência cardíaca, insuficiência hepática, cirrose hepática ou tratamento com diuréticos, inibidores da ECA ou ARAII. Em pacientes de alto risco, durante tratamentos prolongados, Recomenda-se determinar a função renal (creatinina sérica, CLcr) antes de iniciar o tratamento e periodicamente. Em caso de agravamento da função renal, pode ser necessária uma redução da dose.
Em pacientes com insuficiência renal leve, recomenda-se iniciar o tratamento com uma dose diária total menor, monitorando cuidadosamente o paciente. O uso na insuficiência renal moderada ou grave (CLcr < 50 ml/min) é contra-indicado.
- [INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA]. Devido ao seu metabolismo hepático, pode ocorrer acúmulo em caso de insuficiência hepática. Em pacientes com insuficiência leve a moderada (classe A ou B de Child-Pugh), recomenda-se uma dose inicial não superior a 50 mg/dia, monitorando cuidadosamente o paciente. O uso em insuficiência grave (classe C ou escore de Child-Pugh 10-15) é contraindicado. Por outro lado, o uso de AINEs tem sido algumas vezes relacionado ao aparecimento de sintomas hepáticos, como aumento das transaminases, [ICTERÍCIA] e [HEPATITE], que podem ser graves e até fatais. Devido ao risco de toxicidade, recomenda-se que os pacientes com doença hepática usem este medicamento na menor dose eficaz e verifiquem periodicamente a função hepática (transaminases,
- Toxicidade gastrointestinal. O tratamento com AINEs resultou em úlceras gastroduodenais, bem como sangramento e perfuração com risco de vida. Existe um maior risco de úlcera com tratamentos com altas doses ou por longos períodos de tempo, com história de úlcera péptica, especialmente se já tiveram sangramento ou perfuração gastrointestinal devido a AINEs, bem como em fumantes, [ALCOOLISMO CRÔNICO] ou pacientes idosos ou debilitados. No entanto, o tratamento a curto prazo também não é isento de riscos.
Como regra geral para reduzir os danos gástricos, é aconselhável administrar qualquer AINE com alimentos. Além disso, nos grupos de risco é aconselhável iniciar o tratamento com a menor dose possível, e sempre que possível associar um antiulceroso (anti H2 ou IBP).
Pacientes de alto risco devem ser monitorados de perto, bem como aqueles que estão sendo tratados com medicamentos que podem favorecer ou agravar o sangramento gastrointestinal, como anticoagulantes orais, antiplaquetários, corticosteroides ou ISRSs. Se aparecer uma úlcera péptica ou hemorragia gastrointestinal, o tratamento será interrompido. Por outro lado, deve ser usado com cautela em pessoas com [DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA], onde os AINEs podem precipitar uma crise.
- Doenças cardiovasculares. Os AINEs podem levar à retenção de líquidos e edema, o que pode aumentar a pressão arterial e piorar os sintomas de pacientes com doenças cardiovasculares. É aconselhável monitorar a pressão arterial no início do tratamento, bem como periodicamente ao longo do mesmo. Seu uso tem sido associado ao aparecimento de processos trombóticos, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio, principalmente em pacientes tratados com altas doses por tempo prolongado. Com base nos estudos realizados, os riscos parecem ser maiores com os inibidores seletivos da COX-2 (coxibs) e com o diclofenaco, enquanto o ibuprofeno e o naproxeno apresentam menor risco cardiovascular. Os dados disponíveis não permitem tirar conclusões definitivas com outros AINEs, portanto, o risco cardiovascular não pode ser descartado. Recomenda-se avaliar individualmente a relação benefício/risco em pacientes com [HIPERTENSÃO ARTERIAL], [FALHA CARDÍACA], [DOENÇA CARDÍACA ISQUÊMICA], [ISQUEMIA CEREBRAL], [AVC] ou [DOENÇA DA ARTÉRIA PERIFÉRICA], bem como em pacientes com fatores de risco cardiovascular, como [DISLIPEMIA], [DIABETES] ou [FUMO]. Os AINEs devem sempre ser usados na menor dose eficaz e pelo menor período de tempo.
- Reacções cutâneas. O uso de AINEs causou reações adversas graves muito raras, mas potencialmente fatais, como dermatite esfoliativa, necrólise epidérmica tóxica ou síndrome de Stevens-Johnson. Essas reações adversas geralmente têm início precoce, no primeiro mês de tratamento. Se forem observados sintomas de hipersensibilidade, lesões nas mucosas ou eritema cutâneo, o tratamento será descontinuado.
- [REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE]. A administração de qualquer AINE tem sido relacionada ao aparecimento de reações alérgicas. Casos de hipersensibilidade cruzada foram relatados entre diferentes AINEs, bem como entre AINEs e salicilatos, portanto, pacientes com histórico de [ALLERGY TO NSAIDs] diferente deste ingrediente ativo ou [ALLERGY TO SALICYLATES] devem usar este ingrediente ativo com extrema cautela.
Recomenda-se evitar seu uso naqueles pacientes nos quais um salicilato ou um AINE já deu origem a reações alérgicas graves, incluindo asma, [PÓLIPOS NASAIS], [ANGIOEDEMA] ou [RINITE], devido ao risco aumentado de anafilaxia potencialmente fatal.
- [ASMA]. Pacientes asmáticos são mais propensos a apresentar broncoespasmo ao tomar um AINE. Além disso, eles podem ser mais suscetíveis a sintomas anafiláticos após a administração de um AINE. Como regra geral, é aconselhável evitar a administração de AINEs e salicilatos em pacientes asmáticos, a menos que os benefícios esperados superem os possíveis riscos. Caso seja necessário o seu uso, a função respiratória e o possível aparecimento de sintomas alérgicos serão monitorizados de perto. Se houver redução da função respiratória ou aparecimento de sintomas alérgicos, o naproxeno será descontinuado e o tratamento sintomático será instituído. O tratamento não deve ser iniciado em pacientes que já apresentaram sintomas alérgicos ou broncoconstrição grave induzida por AINEs ou salicilatos.
- [ALTERAÇÕES DA COAGULAÇÃO]. Os AINEs têm atividade antiplaquetária, embora menor que a do ácido acetilsalicílico. Eles podem aumentar o tempo de sangramento e favorecer o aparecimento de sangramento em pacientes com alterações na hemostasia ou em tratamento com drogas anticoagulantes ou com outros agentes antiplaquetários.
- [MENINGITE ASSÉPTICA]. Raros casos de meningite asséptica foram relatados em pacientes com AINEs, com febre e coma, provavelmente devido a uma reação de hipersensibilidade, embora não tenha sido encontrada alergia cruzada entre os AINEs. Esta meningite parece ser mais frequente em pacientes com [COLAGENOSE] como [LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO], embora também tenha sido relatada em alguns pacientes que não sofriam dessas patologias. Em pacientes tratados com AINEs que desenvolvem sintomas de meningite, a possibilidade de meningite asséptica deve ser considerada.
- Fotos oftalmológicas. Os AINEs têm sido relacionados ao aparecimento de reações oculares, como visão turva, perda de visão, alteração na visão de cores, escotoma ou alterações retinianas. Às vezes podem ser graves, como papilite, neurite retrobulbar ou papiledema. Esses distúrbios podem ser assintomáticos, por isso é aconselhável realizar exames oftalmológicos periódicos, especialmente antes de qualquer alteração na visão.
- [INFERTILIDADE FEMININA]: Como outros AINEs, pode diminuir a fertilidade feminina e seu uso não é recomendado em mulheres que desejam engravidar. Em mulheres com dificuldades em conceber ou em estudo para infertilidade, a retirada do AINE deve ser considerada.
CONSELHOS AO PACIENTE
- O doente deve informar o seu médico no caso de apresentar erupções cutâneas, sintomas que possam estar relacionados com uma úlcera gastroduodenal (como dor epigástrica ou fezes escuras), distúrbios visuais, ganho de peso, edema ou dor de cabeça prolongada.
- O paciente deve avisar o médico caso tenha apresentado alguma reação asmática durante o uso deste medicamento.
ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS
- Risco gastrointestinal: os AINEs estão associados a um risco aumentado de irritação gastrointestinal, ulceração, hemorragia ou perfuração gastrointestinal. As lesões podem aparecer a qualquer momento durante o tratamento. Os idosos têm maior risco de eventos gastrointestinais graves. Durante tratamentos prolongados, devem ser monitorizados possíveis sinais e sintomas de ulceração ou hemorragia. Uma história de esofagite, gastrite e/ou úlcera péptica também deve ser investigada para garantir a cura completa antes de iniciar o tratamento com um AINE.
- Risco cardiovascular: os AINEs estão associados a um risco aumentado de eventos cardiovasculares, incluindo enfarte do miocárdio e novos casos de hipertensão ou agravamento dos já existentes. O risco pode aumentar com a duração do tratamento, especialmente em pacientes com doença cardiovascular ou com fatores de risco para doença cardiovascular. Monitore possíveis sinais de retenção hidrossalina (por exemplo, formação de edema), especialmente em pacientes com hipertensão ou insuficiência cardíaca.
- Mascaramento dos sintomas de infecções subjacentes: Dexcetoprofeno pode mascarar os sintomas de uma infecção, o que pode atrasar o início do tratamento adequado e, portanto, piorar o resultado da infecção. Isso foi observado na pneumonia bacteriana adquirida na comunidade e nas complicações bacterianas da varicela. Ao tomar este medicamento para aliviar a dor relacionada a uma infecção, recomenda-se monitorar a infecção. Em ambientes não hospitalares, o paciente deve consultar um médico se os sintomas persistirem ou piorarem.
INTERAÇÕES
- AINEs, incluindo baixas doses de ácido acetilsalicílico: o uso simultâneo de mais de um AINE deve ser evitado devido ao risco de efeitos adversos sem aumentar a eficácia terapêutica. Adicionalmente, o ácido acetilsalicílico produz uma diminuição dos níveis plasmáticos de piroxicam de até 80%.
- Álcool: a toxicidade pode ser potencializada.
-Alisquireno: possível redução do efeito anti-hipertensivo do alisquireno (os AINEs atuam no sistema renina-angiotensina). Em pacientes com função renal comprometida (desidratados ou idosos) pode ocorrer deterioração da função renal (possível insuficiência renal aguda, geralmente reversível). Cautela, principalmente em idosos, monitorando o efeito anti-hipertensivo e a função renal.
- Ácido alendrónico, bisfosfonatos: possível aumento do risco de esofagite e úlcera gástrica. Casos descritos com naproxeno e alendronato.
- Antibacterianos quinolonas: há relatos isolados de convulsões que podem ter ocorrido devido ao uso concomitante de quinolonas e anti-inflamatórios não esteróides.
- Anticoagulantes orais, heparina: possível efeito anticoagulante aumentado, com risco de hemorragia. Aconselha-se a monitorização periódica dos índices de coagulação.
- Antidepressivos ISRS (fluoxetina, paroxetina, sertralina, citalopram): existe um risco aumentado de hemorragia em geral e hemorragia gastrointestinal em particular, especialmente em idosos e doentes com história de hemorragia gastrointestinal.
- Antidiabéticos: não foi observada interação. No entanto, existem casos isolados de efeitos hipoglicêmicos e hiperglicêmicos do diclofenaco que exigiram modificação da dosagem dos agentes hipoglicemiantes.
- Antidiabéticos sulfonilureias (clorpropamida, glibenclamida, tolbutamida): possível aumento dos efeitos hipoglicemiantes, por redução da excreção renal.
- Anti-hipertensivos (IECA, beta-bloqueadores): possível redução do efeito anti-hipertensivo.
- Ciclosporina: o efeito dos AINEs nas prostaglandinas renais pode aumentar a nefrotoxicidade da ciclosporina.
- Agentes antiplaquetários, incluindo pentoxifilina: existe um risco aumentado de hemorragia em geral e hemorragia gastrointestinal em particular. Administre com cuidado.
- Corticosteróides: possível aumento na incidência de desconforto gástrico. No entanto, o uso concomitante com glicocorticóides no tratamento da osteoartrite pode fornecer benefício terapêutico adicional e permite a redução da dosagem de glicocorticóides.
- Digitalis (digoxina): possível aumento das concentrações plasmáticas de digitálicos (em recém-nascidos). Existe também o risco de agravamento da insuficiência cardíaca e redução da função renal.
- Diuréticos (tiazidas, diuréticos de teto alto): risco de redução do efeito natriurético e diurético. Pode reduzir a ação anti-hipertensiva dos diuréticos tiazídicos.
- Diuréticos poupadores de potássio e antagonistas da aldosterona: possível aumento do risco de hipercalemia. Aconselha-se a monitorização frequente dos níveis séricos de potássio.
- Glitazonas (pioglitazona, rosiglitazona): risco teórico de potencialização do edema que tanto as glitazonas quanto os AINEs podem causar. Alertar e monitorar possíveis sinais de retenção de líquidos e insuficiência cardíaca (tornozelos inchados, dispnéia).
- Hidralazina: possível diminuição do efeito hipotensor.
- Iloprost: possível aumento do risco de hemorragia.
- Sais de lítio: possível aumento da toxicidade do lítio devido a uma redução na sua eliminação.
- Metotrexato: possível aumento dos níveis plasmáticos de metotrexato, com risco de toxicidade, por vezes muito grave. A gravidade depende em grande parte das doses de metotrexato usadas. O risco de interação é reduzido com doses baixas de metotrexato, como as usadas na psoríase e na artrite reumatoide.
- Paracetamol: o uso simultâneo e prolongado de paracetamol e AINEs pode aumentar o risco de efeitos adversos renais.
- Zidovudina: aumento do risco de toxicidade hematológica, levando a anemia grave uma semana após o início do tratamento com AINE. Recomenda-se vigilância clínica. Verifique o hemograma e a contagem de reticulócitos uma a duas semanas após o início do tratamento com AINEs.
GRAVIDEZ
Segurança animal: Estudos em animais com vários AINEs relataram malformações cardiovasculares durante o período organogênico.
Segurança em humanos: A partir da 20ª semana de gravidez, o uso de glucosamina pode causar oligoidrâmnio como resultado de disfunção renal fetal. Isso pode ocorrer logo após o início do tratamento e geralmente é reversível com a descontinuação do tratamento. Além disso, houve relatos de constrição do canal arterial após o tratamento no segundo trimestre, a maioria dos quais resolvidos após a descontinuação do tratamento. Durante o primeiro e segundo trimestres de gravidez, a glucosamina não deve ser administrada a menos que seja estritamente necessário. Se a glucosamina for utilizada por uma mulher a tentar engravidar, ou durante o primeiro e segundo trimestres de gravidez, a dose e a duração do tratamento devem ser reduzidas tanto quanto possível. Deve-se considerar o monitoramento pré-natal para oligoidrâmnio e constrição do canal arterial após exposição à glucosamina por vários dias a partir da 20ª semana de gestação. O tratamento com glucosamina deve ser descontinuado se oligoidrâmnio ou constrição do canal arterial for encontrado.
Durante o terceiro trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese de prostaglandinas podem expor o feto a:
- toxicidade cardiopulmonar (com fechamento prematuro do canal arterial e hipertensão pulmonar);
- disfunção renal;
a mãe e o recém-nascido, no final da gravidez, a:
- possível prolongamento do tempo de sangramento, um efeito antiplaquetário que pode ocorrer mesmo com doses muito baixas;
- inibição das contrações uterinas levando ao atraso ou prolongamento do trabalho de parto.
Efeitos na fertilidade: o uso de AINEs pode prejudicar a fertilidade feminina e não é recomendado para mulheres que estão tentando engravidar. Em mulheres com dificuldade em conceber ou submetidas a investigação de fertilidade, a descontinuação do dexcetoprofeno deve ser considerada.
LACTAÇÃO
Segurança em animais: não há dados disponíveis.
Segurança em humanos: Desconhece-se se o dexcetoprofeno é excretado no leite e quais as consequências que pode ter para o lactente. Contra-indicado.
CRIANÇAS
A segurança e a eficácia não foram estabelecidas nesta faixa etária. Uso não recomendado.
IDADE AVANÇADA
Em pacientes idosos, recomenda-se iniciar o tratamento com a menor dose. Use com cautela, devido à alta probabilidade de reações adversas. Observou-se maior incidência de reações adversas gastrointestinais aos AINEs, especialmente sangramento e perfuração. Além disso, podem sofrer alterações renais, hepáticas ou cardiovasculares. Pode diminuir o efeito dos anti-hipertensivos. Portanto, deve ser usado com cautela em pacientes com mais de 65 anos de idade.
EFEITOS NA CONDUÇÃO
Dexcetoprofeno pode causar tontura ou sonolência de leve a moderada, portanto, os pacientes devem evitar operar máquinas perigosas, incluindo automóveis, até que haja certeza razoável de que o tratamento medicamentoso não os afeta adversamente.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas relatadas como pelo menos possivelmente relacionadas à administração de dexcetoprofeno trometamol em ensaios clínicos são tabuladas abaixo, por classes de sistemas de órgãos e por ordem de frequência:
- Distúrbios do sangue e do sistema linfático: pouco frequente (0,1-1%): [ANEMIA]; casos muito raros/isolados (<0,01%): [NEUTROPENIA], [TROMBOCITOPENIA].
- Doenças do metabolismo e da nutrição: raras (0,01-0,1%): [HIPERGLICEMIA], [HIPOGLICEMIA], [HIPERTRIGLICERIDEMIA].
- Distúrbios do sistema nervoso: (0,1-1%): [CEFALÉ], [TONTURAS], [INSÔNIA], [SONOLÊNCIA]; (0,01-0,1%): [PARESTÉSIA].
- Alterações oculares: (0,1-1%): [VISÃO EMBAIXADA].
- Alterações do ouvido e do labirinto: (0,01-0,1%): [TINITUS].
- Alterações cardíacas: (0,01-0,1%): [EXTRASISTÓLEO], [TAQUICARDIA].
- Alterações vasculares: infrequentes (0,1-1%): [HIPOTENSÃO], [FLASHES]; (0,01-0,1%): [HIPERTENSÃO ARTERIAL], [EDEMA MALEOLAR], [TROMBOFLEBITE] superficial.
- Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: (0,01-0,1%): bradipneia ([FALHA RESPIRATÓRIA]); casos muito raros/isolados (<0,01%): [ESPASMO BRONQUIAL], [DISPNEIA].
- Distúrbios gastrointestinais: (1-10%): [NÁUSEA], [VÔMITO]; (0,1-1%): [DOR ABDOMINAL], [DISPEPSIA], [DIARREIA], [CONSTIPAÇÃO], [HEMATEME], [BOCA SECA]; (0,01-0,1%): [ÚLCERA GÁSTRICA] ou [ÚLCERA DUODENAL], [SANGRAMENTO DIGESTIVO] ou [PERFURAÇÃO INTESTINAL], [ANOREXIA]; casos muito raros/isolados (<0,01%): [PANCREATITE].
- Distúrbios hepatobiliares: (0,01-0,1%): a hepatotoxicidade induzida por AINEs é rara e geralmente leve; Geralmente se manifesta como [AUMENTO DAS TRANSAMINASES] leve e transitório. Muito raramente se manifesta como anorexia, astenia, náusea e [ICTERÍCIA]; (<0,01%): [HEPATITE].
- Alterações da pele e tecido subcutâneo: (0,1-1%): [DERMATITE], [PRURITUS], [ERUPÇÕES EXANTEMÁTICAS] pele, [HIPERIDROSE]; (0,01-0,1%): [URTICÁRIA], [ACNE]; casos muito raros/isolados (<0,01%): reações mucocutâneas graves ([SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON], [NECROLISE EPIDERMAL TÓXICA]), [ANGIOEDEMA], [REAÇÕES DE FOTOSSENSIBILIDADE].
- Distúrbios musculoesqueléticos, dos tecidos conjuntivos e ósseos: (0,01-0,1%): [RIGIDEZ MUSCULAR], [RIGIDEZ DAS ARTICULAÇÕES], [CÂMBIAS MUSCULARES].
- Distúrbios renais e urinários: Maio [AUMENTO DA UREIA NITROGÊNIO] e [AUMENTO DA CREATININA SÉRICA]. Em casos excepcionais, os AINEs podem ser responsáveis por [FALHA RENAL AGUDA], [NEFRITE INTERSTICIAL], [GLOMERULONEFRITE], [NECROSE MEDULLAR RENAL] ou [SÍNDROME NEFRÓTICA], [PROTEINÚRIA], [HIPERCOTASEMIA], [HIPONATREMIA], [POLIÚRIA] e edema. Tem sido observado em pacientes suscetíveis que tomam altas doses de AINEs por períodos prolongados de tempo. Os pacientes de risco são aqueles com insuficiência cardíaca, renal ou hepática, ascite, hiperreninemia, hiperaldosteronemia, choque, sepse, lúpus eritematoso sistêmico, desidratação, aqueles tratados com inibidores da ECA ou diuréticos e idosos.
- Alterações do aparelho reprodutor: (0,01-0,1%): [DISTÚRBIOS DO CICLO MENSTRUAL], alterações da próstata.
- Alterações gerais e alterações no local de administração: (1-10%): [DOR NO PONTO DE INJEÇÃO]; (0,1-1%): reações, inflamação, coceira ou sangramento no local da injeção, [COLOR], [ASTENIA], [DOR], [CALARIOS]; raros (0,01-0,1%): [DOR LOMBAR], [SÍNCOPE], [CALARIOS]; casos muito raros/isolados (<0,01%): [ANAFILAXIA], [EDEMA].
- Investigações (exames laboratoriais): raros (0,01-0,1%): [CETONÚRIA], [PROTEINÚRIA].
As seguintes reações adversas podem ocorrer conforme observadas com outros AINEs e podem estar associadas aos inibidores da síntese de prostaglandinas: [MENINGITE ASSÉPTICA], que pode ocorrer predominantemente em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico ou doença mista do tecido conjuntivo, e reações hematológicas ([PÚRPURA], [ANEMIA APLASTICA] e [ANEMIA HEMOLÍTICA], raramente [AGRA NULOCITOSE] e [DEPRESSÃO MEDULAR]).
SUPERDOSE
- Sintomas: Os sintomas de sobredosagem são desconhecidos. Drogas similares produziram distúrbios gastrointestinais (vômitos, anorexia, dor abdominal) e neurológicos (sonolência, tontura, desorientação, dor de cabeça).
- Tratamento de envenenamento: esvaziamento do estômago, administração de carvão adsorvente (pode ser eficaz se administrado até duas horas após o envenenamento), monitoramento e manutenção dos sinais vitais, tratamento sintomático de irritação gastrointestinal, hipotensão, depressão respiratória e convulsões, com monitoramento das funções renal e hepática e detecção de possível sangramento gastrointestinal nas fezes. Dexcetoprofeno trometamol é dialisável.